O salário do obreiro
“porque diz a escritura: Não ligarás a boca do boi que
debulha. E. Digno é o trabalhador do seu sustento”
Basta questionar o salário pago ao pastor que esta passagem
logo é citada. Mas, Este verso dar respaldo para obreiros, (pastores, bispos,
apóstolos....), usufruírem de opulente salários em suas denominações? Vejamos:
Iniciaremos este artigo, esclarecendo alguns detalhes a
respeito do tema.
PRIMEIRO: È subentendido, entre a cristandade, que obreiros são
apenas pastores, presbíteros, apóstolos, bispos, diáconos, em fim os que sentam
no púlpito. O vocábulo “obreiro” significa: operário, trabalhador. Logo todos
que atuam na obra, de Deus, são obreiros; seja o porteiro, professor da Escola
dominical, tocador, o líder de grupo, regente, a irmã dirigente do circulo de
oração e mesmo aqueles que não têm cargo designado pelo clero das religiões, mas que faz de
alguma forma a obra do Senhor é um obreiro.
SEGUNDO: e comum os lideres religiosos, em especial os
pastores, defenderem a posição de sacerdote. Seriam eles sacerdote? Sim, sendo (ele) um crente salvo em Jesus Cristo, mas, não são os únicos, pois todo Salvo em
cristo é um sacerdote (I Pd 2:5,9; Ap 1:6), Logo o elitização sacerdotal é fruto da apostasia da igreja de Rom. Apostasia que as igrejas protestantes seguiram
o modelo.
TERCEIRO: os pastores costumam se apropriar do dízimo
alegando que se os levitas e sacerdotes, no antigo testamento, tinha esse
direito logo eles (os pastores) também tem.
Analisaremos por que estão errados nesta afirmação:
(a) Os levitas não podiam, (por ordem divina), ter herança (posse de
bens) entre seus irmãos. Já os pastores do sistema possuem o que bem entenderem e
conseguirem comprar, não há limites nem normas (em seus estatutos) que os impedem de ter bens matérias. Valdemiro, Macedo e Malafaia não são os
únicos milionários da elite eclesiástica;
(b) Os levitas não podiam envolver com outras
atividades se não as relacionadas ao templo; muitos pastores do sistema têm cargos
eletivos, (de vereador a senador a lista é grande), são professores em instituição
seculares, comerciantes, assessores de políticos e etc. não existem proibições
a este respeito.
(c) Os filhos dos sacerdotes em situação
de desonra aos pais, ou em caso de divórcio, caso tivesse filhos, não podiam
comer das coisas sagradas (Lv 22:11,13) (neste caso os dízimos e a parte das oferta
que pertenciam aos sacerdotes) já os filhos dos pastores comem livremente
independente da situação espiritual que estejam;
(d) Só os levitas podiam cobrar dízimo de
sues irmãos. Os pastores do sistema não são levitas, pois não pertence à tribo de Levi;
(e) Os dizimo teriam que ser levado ao
templo em Jerusalém. Este templo foi destruído nos anos 70 depois de Cristo e os
diversos templos das igrejas não têm valor espiritual.
(f) Jesus, em suas ordenanças, mandou
construir templo?
(g) Os dízimos nunca foi dinheiro
(espécie), mas décima parte do campo, da semente do campo, dos frutos das
arvores e do rebanho; (Lv 27: 30,32)
(h) Quanto ao “receber dízimo por que
Melquisedeque recebeu de Abraão”, não me lembro ter encontrado na Bíblia nenhuma
regulamentação a este respeito. Jesus é Sacerdote eterno segundo a Ordem de
Melquisedeque, mas nunca recebeu nem cobrou dízimo. Os apóstolos também não. E
sacerdote, todos nos somos. logo quem recebe e quem paga?
Deu pra ver o quanto estão errados os pastores ao defenderem
a tese de que o dízimo deve ser entregue, nos templos atuais, pra os seus sustendo. Na
verdade eles não dizem que é para os seus sustentos; dizem que é pra obra de
Deus, mas na pratica sabemos pra onde vão os dízimos.
Para que eles tivessem, a
luz das escrituras, o direito que alegam.
1º a lei tinha que estar em vigor (Hb 7: 18,19) o que não é o
caso;
2º se assim fosse, deveria
ser observada conforme Deus ordenou (Dt 4:2) e nunca de acordo a atender os
interesses do clero religioso.
Desfeito o engodo,
prossigamos para conclusão do tema proposto. lembrando que obreiro não são
apenas os pastores (do sistema), mas todos que atua na obra.
É inquestionável o fato de que não vivemos mais sobre o mesmo
sistema sacerdotal do antigo testamento. Hb 7:18,19 não nos deixa dúvida. Na vigência do antigo pacto só os sacerdotes e levitas podiam
ministrar; tinha um lugar especifico para a adoração; havia a pessoa do sumo
sacerdote e só ele entrava nos santos dos santos (uma vez por ano) onde oferecia sacrifício por
ele e por todos os outros. Com a morte de Jesus Cristo, estas formas de culto e
ministério foi abolido, juntamente com a lei Mosaica. Daí passamos à
dispensação da graça, um novo testamento, onde o Espírito é derramado sobre todos
e agora não há mais classe especial; qualquer lugar é lugar de adoração basta
ter dois ou três reunidos em nome do Senhor que ele se fará presente; o sumo
sacerdote é Cristo um sacerdócio eterno; todos somos
sacerdote, podendo entrar nos santos dos santos, e o único mediador entre Deus e
os Homens é Jesus Cristo (não mais um homem).
Tornou-se então desnecessário o templo, o clero e a forma de
sustentação destes. É certo que tem aqueles que dispõem todo seu tempo para
proclamação e ensino do evangelho. Porem o fator motivador deve ser o amor e
nunca a oportunidade de emprego fácil. Aos que fazem a obra por amor e em tempo integral o senhor
ordenou “que vivam do evangelho” no entanto viver do evangelho não é o mesmo
que enriquecer, esbaldar, explorar a fé alheia pra obter vantagens ou coisa
semelhante. O apostolo Paulo, a este respeito disse “tendo sustendo e o que
nos cobrimos estejamos com isso contente” ademais Jesus nos deu orientação como
é viver do evangelho, quando ele enviou os discípulos Ele ordenou: “
não leveis bolsa, nem saco de viagem e na casa que entrar comam e bebam o que
for posto diante de vocês” (Lc 10:4-9) em Mt 10:8 ele disse “de graça recebeste
de graça daí”. Ai estar, segundo Jesus, a maneira como o obreiro deve viver do
evangelho. O que passar disto é comercio com a palavra de Deus, quanto a
isto o apostolo Pedro advertiu-nos “E por avareza farão de vós negocio com
palavras fingidas........” (II Pd 3:2a).
Voltando a orientação de Jesus, em Lc 10, pecebemos o seguinte:
(a) Os discípulos não deveriam levar saco
ou bolsa; o que nos leva a crê que não deveriam se preocupar em ajuntar
mantimento ou coisa do gênero. Pois anteriormente o mestre já tinha lhes advertido não se
preocupeis com o dia de amanhã, pelo que haveis de comer, beber ou vestir. Ter
estas preocupações demonstra falta de fé e sem fé é impossível agradar a Deus.
(b) “Comam e bebam do que lhes
oferecerem” o obreiro não tem direito de sair por ai exigindo salários, como é
de costume, tem pastor, e a grande maioria deles são assim, que quando chegar
em um campo (igreja) já senta pra exigir x salários. No entanto não foi isto
que o mestre ordenou.
Vale ressaltar que nem sempre a necessidade de alguém
na frente do trabalho de forma integral. Vejamos por que: (a) se tem grupo de
jovens, lá tem um irmão que lidera sem nada cobrar. O mesmo acontece com os
demais grupos da igreja; (b) Circulo de oração as irmãs dirigem e não cobram nada
por isso; (c) Os culto publico e de oração tem tantos irmãos dispostos a dirigir
que tem que fazer escala; (vale lembrar que nossa reunião deve ser dirigida pelo Espirito Santo sendo um erro colar o homem pra dirigir) (d) Na Pregação e ensino não faltam irmãos com este dom e quando faz por amor e não por interesse exerce afunção de graça; (e) A escola dominical fica por conta dos vários professores, que
gratuitamente lecionam todos os domingos. E o pastor (sistema) faz o que? Pouca coisa ou nada. reflitam comigo; Na igreja que você congrega caso o pastor resolve entregar o trabalho, por acaso ela fechará
as portas? Deixará de ter cultos? E o pastor com tão pouca atividade o que impede
dele trabalhar e coordenar a congregação? Se o apostolo Paulo fez assim e foi
ele o homem, da sua época, que mais pregou e ensinou o evangelho. Inclusive ele disse “sejam
meus imitadores” por que os atuais não podem fazer?
Com tanto evangélicos no Brasil se cada um fizer a
obra de Deus como deve ser só será necessário dinheiro pra pagar conta de água
e luz, dos lugares de reuniões, e pra ajudar os irmãos carentes.
Deste modo, havendo necessidade, em alguma congregação,
de alguém prestar assistência de forma integral, tendo este de abrir mão do
trabalho secular e estando ele de acordo com as escrituras, então se dará ao
tal o sustento, segundo os preceitos acima exposto. e quem assim não aceitar
que trabalhe pra se sustentar, pois não faltara quem por amor esteja disposto a
fazer a obra de Deus. Essa historia de que se faltar dinheiro a obra para, é
conversa. A igreja esta fundamentada em Cristo ou no dinheiro? A igreja
primitiva precisou de dinheiro pra expandir? Tudo que ali foi arrecadado foi
para os próprios irmãos carentes.
E quanto a você irmão (a) aquele
valor que você coloca no envelope e entrega na igreja dizendo estou dando pra
obra de Deus, é melhor o amado rever seus conceitos. Pois como já disse em
outras postagens você não estar dando pra casa do senhor, mas pra casa do
pastor. Lembre-se que, como mordomo de Cristo, devemos ministrar os bens que
ele nos confiou de forma responsável. Não é sensato dizer “eu entrego meu
dízimo, o pastor que não administrar bem, ele é que vai prestar conta a Deus” com certeza o tal pastor prestará
conta sim, mas você também por ser omisso desperdiçando aquilo que Deus lhe
confiou. Lembras da parábola do servo que desperdiçou os bens do seu senhor? E
você ao Ives de ajudar os irmãos carentes, a criança necessitada ou até mesmo
pessoas de sua família que passam necessidade, usou sue dinheiro pra sustentar
mercenário. Isto é fazer obra de Deus?
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