terça-feira, 19 de novembro de 2013

Dízimo que não é dízimo. Que confusão

 “Não pode haver maior equívoco do que presenciar em nossas igrejas pessoas sinceras colocarem uma certa quantidade de dinheiro dentro de um envelope, valor correspondente a 10% de seus ganhos e saírem satisfeitas achando que deram dízimos ao Senhor. Elas precisam aprender o que significa dízimo. Biblicamente falando” (G.  N. Paulo)

Ao decorrer dos séculos a cristandade tem se aprofundado em uma grande confusão. E diante disto os incautos tem se deixado levar por  varias doutrinas meramente humanas.

Nesta postagem abordaremos o assunto “dízimo”. Nosso objetivo é esclarecer para o querido leitor que o dízimo que se pagar nas igrejas (denominações) não é o dízimo Bíblico.  Para tanto, vamos lançar mãos da própria escritura e ver o que ela diz a respeito.

Vou começar com a seguinte ilustração:

Você chega a um restaurante dar uma olhada no cardápio e pede frango assado. Alguns instantes depois vem o referido garçom com uma bandeja de peixe. Diante desta sena, você logo imagina: “Não é para mim o que ele estar trazendo”, pois eu pedi frango e não peixe. Você nem terminou o pensamento e o garçom dirigindo a sua mesa lhe oferece o peixe. De certo você irá recusar, afinal de conta, não foi este o seu pedido.

Esta é a mesma confusão que acontece quando alguém vai a um templo religioso levando 10 % do seu dinheiro, dizendo estar pagando o dízimo; e, segundo o dizimista, o faz, porque Deus pediu.
Lamento desaponta-lo, mas tenho que lhe informar que Deus nunca lhe pediu 10 % do seu dinheiro.
Vamos ver nas escrituras o que de fato, Deus pediu?

Todos os dízimos da terra, tomados das sementes do solo ou dos frutos das árvores são propriedade do Senhor: é uma coisa consagrada (santo, separado) ao Senhor. Todos os dízimos do gado maior e menor (vaca e ovelha), os dízimos do que passa sob o cajado do pastor, o décimo {animal} será consagrado ao Senhor.  (Levítico 27:30,32) leia também: ( Dt 14:22,28; II Cr 31:6; Ne 10: 37; 13:12)

Acho que agora o querido não tem dúvida de que o mandamento do soberano no que tange aos dízimos nada tem haver com dinheiro. O que ele pediu, como bem podemos ver, foi a decima parte dos frutos e cerais do campo e o decimo animal nascido no pasto. Só isso e nada mais.

Talvez você esteja dizendo “vai ver tem outras passagens, na bíblia onde Deus pede o dízimo em dinheiro” ache-as, leia sua Bíblia de Genesis a Apocalipse encontre a tal passagem e eu retiro o que digo. Ou melhor, pergunte a seu pastor, pode ser que ele saiba de algumas passagens que eu ainda não encontrei. 
O desafio tá lançado.

Os lideres religioso, na tentativa de manter a arrecadação que lhes garante desfrutar de gordos salários. Dizem que o dízimo era de fruta da terra e de animal em razão da ausência do dinheiro naqueles tempos.
Será isto verdade? 
Vamos ver, pelas escrituras?

"Sara viveu cento e vinte e sete anos: tal foi a duração de sua vida. Ela morreu em Quiriat-Arbé, hoje Hebron, na terra de Canaã. Abraão veio para a prantear e chorar. Abraão, tendo-se retirado de junto da defunta, falou aos filhos de Het, dizendo: Sou no meio de vós um simples hóspede e estrangeiro; concedei-me, não obstante, a propriedade de uma sepultura na vossa terra, para que eu possa sepultar minha defunta mulher." Abraão prostrou-se diante do povo daquela terra e, dirigindo-se a Efrom, diante de todos, disse: "Rogo-te que me ouças: eu te dou o preço do campo; aceita-o de minhas mãos, e assim enterrarei nele minha defunta. Efrom respondeu a Abraão: Ouve-me, meu Senhor: uma terra no valor de quatrocentos siclos de prata, entre ti e mim, o que é isto? Sepulta tua defunta." Abraão aceitou as condições de Efrom, e PESOU O DINHEIRO que ele tinha pedido na presença dos filhos de Het, isto é, quatrocentos siclos de prata em moeda corrente no comércio" (Gênesis 23:1-4,12-16)
"Disse, pois, Jeremias: Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:Eis que Hanameel, filho de Salum, teu tio, virá a ti dizendo: Compra para ti a minha herdade que está em Anatote, pois tens o direito de resgate para comprá-la. Veio, pois, a mim Hanameel, filho de meu tio, segundo a palavra do SENHOR, ao pátio da guarda, e me disse: Compra agora a minha herdade que está em Anatote, na terra de Benjamim; porque teu é o direito de herança, e tens o resgate; compra-a para ti. Então entendi que isto era a palavra do SENHOR. Comprei, pois, a herdade de Hanameel, filho de meu tio, a qual está em Anatote; e PESEI-LHE O DINHEIRO, DEZESSETE SICLOS DE PRATA" (Jeremias 32:6-9)

Há tantos outros relato de negociações envolvendo dinheiro, para não ser exaustivo nos atemos a penas a duas passagens mencionadas. Lembrando que a lei veio quatrocentos e trinta anos depois de Abrão e já nos dias do patriarca havia a circulação do dinheiro.
 Não era real, claro, por que Real é uma moeda brasileira, assim como o dólar que é moeda americano. Cada país e/ou povo tem sua moeda e não era diferente nos tempos bíblico. A matéria prima era a prata e o valor bem como a nomenclatura (ciclo, estaté, talento e etc) era determinada pela quantidade da prata pesada e/ou cunhada.
 A moeda de 5 centavos à 1 real por não ser de papel nos leva a ter uma noção de como era o dinheiro nos tempo antigos.

Nunca encontrei em lugar algum da Bíblia Deus requerendo o dízimo em ciclo de prata. Coisa do tipo “de toda vossa prata tragam as câmaras do tesouro os ciclos determinados”

Com certeza aquele povo possuía prata, ouro, pescavam, casava, negociavam madeira e tantas outras coisas; porem a única coisa que Deus requeria era o DECIMA PARTE DO GRÃO E DO GADO.

Mais uma vez você deve estar dizendo: “tudo bem que, quem não for agricultor não deve dar dizimo. Mas, e quem é”? 
Também não.

E por quê? 
Vamos ver.

Vamos a mais uma ilustração.

Suponhamos que você é funcionário de uma grande empresa. O dono desta empresa é também, dona de uma fazenda. É obvio que a empresa fica na cidade enquanto que a fazenda na zona rural; E você trabalha na empresa e não na fazenda. Apesar de ser funcionário do mesma pessoa.
Certo dia você chaga ao escritório da cuja empresa e lá estar um bilhete que diz o seguinte:
Meus trabalhadores; quero que vocês colham o cacau da roça velha, colham a bananeira e só depois façam a limpeza do dos rios. Por estes trintas dias estou chegando ai, e, tendo vocês feito conforme mandei lhe recompensarei com, além do salario, uma bonificação.  Assinado o dono da fazenda.
Seria ridículo de sua parte entender que esta ordem e bonificação seria pra você. De certo o bilhete trata de uma escritura do seu dono, mas não uma ordenança para você uma vez que sua área de atuação é na empresa e não na fazenda.

 Você já deve ter ouvido falar em dispensação. Pois bem, Uma dispensação é a maneira como Deus trata com o homem durante um determinado período de tempo, quando o homem é provado e testado quanto à obediência a certas revelações definidas da vontade de Deus.

De posse deste conhecimento, atentaremos para duas das dispensações. A dispensação da lei que veio por meio de Moises e a dispensação da Graça vinda por Jesus Cristo.

"Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo."  (João 1 : 17)

Já sabemos que a lei veio por Moises. Mas, para quem e quando? Deixaremos a Bíblia responder.

“AO terceiro mês da saída dos filhos de Israel da terra do Egito, no mesmo dia chegaram ao deserto de Sinai,  Porque partiram de Refidim e entraram no deserto de Sinai, onde se acamparam. Israel, pois, ali se acampou em frente ao monte. E subiu Moisés a Deus, e o SENHOR o chamou do monte, dizendo: Assim falarás à casa de Jacó, e anunciarás aos filhos de Israel: Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim; Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha.  E vós me sereis um reino sacerdotal e o povo santo. Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel. E veio Moisés, e chamou os anciãos do povo, e expôs diante deles todas estas palavras, que o SENHOR lhe tinha ordenado. Então todo o povo respondeu a uma voz, e disse: Tudo o que o SENHOR tem falado, faremos. E relatou Moisés ao SENHOR as palavras do povo. E disse o SENHOR a Moisés: Eis que eu virei a ti numa nuvem espessa, para que o povo ouça, falando eu contigo, e para que também te creiam eternamente. Porque Moisés tinha anunciado as palavras do seu povo ao SENHOR. Disse também o SENHOR a Moisés: Vai ao povo, e santifica-os hoje e amanhã, e lavem eles as suas roupas,E estejam prontos para o terceiro dia; porquanto no terceiro dia o SENHOR descerá diante dos olhos de todo o povo sobre o monte Sinai. E marcarás limites ao povo em redor, dizendo: Guardai-vos, não subais ao monte, nem toqueis o seu termo; todo aquele que tocar o monte, certamente morrerá. Nenhuma mão tocará nele; porque certamente será apedrejado ou asseteado; quer seja animal, quer seja homem, não viverá; soando a buzina longamente, então subirão ao monte. Então Moisés desceu do monte ao povo, e santificou o povo; e lavaram as suas roupas. E disse ao povo: Estai prontos ao terceiro dia; e não vos chegueis a mulher. E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. E o sonido da buzina ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta. E, descendo o SENHOR sobre o monte Sinai, sobre o cume do monte, chamou o SENHOR a Moisés ao cume do monte; e Moisés subiu” (Ex 19:1-20)

Não pare no verso 20 continue a leitura e você verá mais de setecentos preceitos que Deus Estabeleceu para a nação de Israel. Inclusive o que se refere ao dízimo (Lv 27:30-34)

Mas o livro de Malaquias não é um dos livros da lei. Você deve estar dizendo, já que este é o livro mais usado para se cobrar dízimo; em especial o capitulo 3 verso 10.
Acontece que os escritos proféticos não só profetizou sobre o Cristo e sobre as coisas futuras como também em muitas vezes serviu para advertires a Israel no tocante a lei.

“E o SENHOR advertiu a Israel e a Judá, pelo ministério de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Convertei-vos de vossos maus caminhos, e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, conforme toda a lei que ordenei a vossos pais e que eu vos enviei pelo ministério de meus servos, os profetas” (II Rs 17:13)

Malaquias, assim como os demais profetas, em seu livro estava advertindo a Israel . como podemos ver: 

“ PESO da palavra do SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias” (Ml 1:1).
E mais:

“Lembrai-vos da lei de Moisés, meu servo, que lhe mandei em Horebe para todo o Israel, a saber, estatutos e juízos” ( Ml 4:4)     (só para registrar Horebe é o mesmo que Sinai)

Acredito que não há necessidade de nos aprofundarmos mais do que o que já foi exposto no tema, pois esta claro que o dízimo foi uma pratica judaica, estabelecida por Deus, na lei de Moises, para a nação Israelita e nunca foi dinheiro e sim grãos da terra e crias do gado.

Esta contribuição que o amado irmão entrega nas denominações (10 % dos seus salários) não é o dízimo que Deus pediu a Israel. Isto que você faz nunca foi feito e nem solicitados pelos apóstolos. Este modelo de “dízimo” teve sua origem depois do quarto século da igreja sendo estabelecido pelo papa católico ratificado pelo imperador romano, como uma espécie de troca de favores entre papa e imperador. Qualquer pessoas sensata e com o mínimo de conhecimento Bíblico sabe claramente que isto que chamam de dízimo nunca foi realmente o dízimo Bíblico. Em outras palavras é uma doutrina puramente humana fundamentada em mentiras. E a igreja protestante como o negocia do dízimo atual é dinheiro, deu a esta doutrina nem só a permanência como força. 
Te pergunto: a quem você tem sido fiel? A Deus ou a os homens?


Irmão Paulo 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

REUNIDOS EM NOME DE JESUS



"Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mateus 18: 20).

A presença do Senhor Jesus Cristo no meio de dois ou três reunidos em seu nome é garantida por ninguém menos do que o próprio Senhor. Dai não devemos nos preocupar com julgamentos alheios dos que diz "Jesus não esta no vosso meio". Devemos, sim, é estar atento a vontade do Senhor. Pois na reunião com esse proposito deve haver a mutua edificação entre os congregados, honrar o nome do Salvador; agrada-lo; exalta-lo e dar, unicamente, gloria ao seu Santo Nome.

Com exceção de uma ou outra modificação exponho, a seguir, a opinião de alguns irmãos neste assunto:

A certeza de que estamos reunidos no nome de Jesus seria por força da expressão verbal:
  “Estamos, aqui irmãos, reunidos em nome Jesus, pois o senhor disse que onde estivesse dois ou três reunidos em meu nome ele ali estarei no meio deles"  Não necessariamente.
 Pois, quando se tratar do nome de Jesus sabemos que muitos usam o Santo Nome como afiançador de suas teorias e ações ainda que muitas vezes tais praticas não estejam fundamenta nas escrituras.  Daí  naquele dia muitos dirão “em teu nome expulsamos demônios, profetizamos, fizermos maravilhas” e o que vão ouvir do justo juiz? “Apartai de mim vós que praticais a iniquidade”.

Não seria, também, em razão de possuir um CNPJ, pois Jesus não disse ide e fazei discípulos e registrai a instituição e isto garantirá a vocês a minha presença.
Ademais, Auto  intitular-se igreja não garante a Presença de Jesus. É a sinfonia da fé, da sã doutrina e da comunhão em torno de Jesus o que constitui e estabelece a reunião da Igreja como válida.

"Quando falamos sobre estar congregado ao nome do Senhor isso implica em algumas premissas, e a primeira delas é a separação.

Primeiro é preciso reconhecer que o Senhor conhece os Seus, mas que minha responsabilidade é identificar a iniquidade e separar-me dela. Se entendo como iniquidade dividir o testemunho do "um só corpo" e negar a suficiência do nome de Jesus como identificação, adotando diferentes nomes, então minha responsabilidade é separar-me disso.

2Tm 2:19 Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.

Em seguida é preciso identificar os vasos (pessoas) de honra e desonra e separar-me da comunhão com aqueles vasos que, dizendo-se irmãos, não agem assim (veja 1 Coríntios 5:11).

2Tm 2:20-21 Ora, numa grande casa não somente há vasos de ouro e de prata, mas também de pau e de barro; uns para honra, outros, porém, para desonra. De sorte que, se alguém se purificar (separar) destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra.

Isto, não implica dizer que devemos nos separar para ficarmos sozinhos. Se bem que devido à degradação que se encontra a cristandade não é impossível viver-se em lugar onde não se encontra nem mesmo mais um irmão com quem ajuntar-se para congregar. Porém, havendo irmãos, os convidaremos para orar juntos, ler a Palavra, louvar com singeleza de coração, partir o pão, meditar e ensinar-se uns às outros conforme o dom de cada um, sem que ninguém seja nada nesse grupo, exceto de acordo com o dom da graça recebida.
E tudo isto, segundo os ensinamentos da Palavra de Deus e com aqueles que reconhecem a autoridade do Senhor de boa consciência. "Segue... com" significa congregar com aqueles que seguem a justiça, a fé, o amor e a paz com um coração puro (creio que puro aqui é no sentido de simples).

2Tm 2:22 Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a fé, a caridade e a paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor.

Assim temos a comunhão de dois ou três... em Seu Nome... (nome de Jesus) e isto pode ser /ou acontecer em qualquer lugar... Pois, Igreja, de acordo com Jesus, é algo que acontece como encontro com Deus, com o próximo e com a vida...

Se Jesus tivesse outra concepção Ele teria dito ao Gadareno coisa diferente: Vem comigo... anda aqui neste grupo...pois fora daqui não há salvação.
Ele, todavia, disse ao Gadareno para voltar para casa, para os seus e contar-lhes tudo o que Deus fizera por ele.


Resumindo, a ideia não é de apenas estar congregado pelo Espírito Santo para o nome de Jesus, mas também distinguir o estado arruinado da cristandade e apartar-se do erro.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Segurança, Certeza e gozo da Salvação

por: George Cutting


Quando estamos numa estação ferroviária ouvimos, com certa frequência, a seguinte pergunta: "Em que classe você está viajando?" Você, leitor, com toda a certeza está de viagem - de viagem para a Eternidade - e pode ser que neste momento esteja muito próximo da estação final: a Morte. Permita-me, então, que lhe pergunte: "Nesta jornada pela vida, em que classe você está viajando?"

Neste caso podemos pensar em três diferentes classes, e vou explicar quais são a fim de que você possa responder à minha pergunta como que diante de Deus; sim, diante daquele a Quem certamente todos nós temos que prestar contas.

Na PRIMEIRA CLASSE viajam, por assim dizer, os que estão salvos e sabem disso.

Na SEGUNDA CLASSE viajam aqueles que não têm certeza da sua salvação, mas que, no entanto, desejam tê-la.

Na TERCEIRA CLASSE viajam aqueles que não estão salvos e nem tampouco se interessam pelo assunto.

Volto a perguntar: "Em qual destas classes você está viajando?" Oh, como é importante que você possa responder claramente a esta pergunta!

Há pouco tempo atrás, numa viagem que fiz de trem, no momento em que o trem se preparava para partir da estação, vi chegar um homem que se precipitou ofegante para dentro do vagão onde eu me encontrava.
- Isto é que é correr! - exclamou um dos passageiros.
- É verdade - respondeu o homem respirando com dificuldade - mas ganhei quatro horas e por isso valeu a pena.

"Ganhei quatro horas"! Ao ouvir estas palavras não pude deixar de pensar comigo mesmo: "Se para ganhar quatro horas valeu a pena fazer um tão grande esforço, quanto mais para ganhar a Eternidade!" E, contudo, existem milhares de pessoas, que embora sejam bastante prudentes em tudo o que se refere aos seus interesses mundanos, parecem não ter um mínimo de bom senso quando alguém lhes fala de seus interesses eternos!

Apesar do infinito amor de Deus para com os pecadores, manifestado na morte de Jesus Cristo na cruz; apesar do Seu declarado ódio ao pecado; da evidente brevidade da vida humana; dos terrores do julgamento depois da morte; da terrível perspectiva de sofrer insuportáveis remorsos ao achar-se no inferno, separado para sempre de Deus; apesar de tudo isso, muitos correm para o seu triste fim tão descuidados como se não existisse nem Deus, nem morte, nem julgamento, nem céu, nem inferno! Que Deus tenha misericórdia de você, leitor, se você for uma dessas pessoas, e que neste momento Ele abra os seus olhos para que você reconheça o perigo que é continuar despreocupadamente no caminho que conduz à perdição eterna.

Caro leitor, quer você acredite ou não, a sua situação é bem crítica. Não deixe, portanto, de enfrentar o quanto antes a questão da Eternidade e do destino que você terá nela, pois qualquer demora poderá ser fatal. Lembre-se de que o costume de deixar para amanhã o que se pode fazer hoje é sempre prejudicial e neste caso poderá ter consequências desastrosas. Quão verdadeiro é o ditado: "A estrada do MAIS TARDE conduz à cidade do NUNCA"! Rogo, pois, encarecidamente, querido leitor, que não continue a viajar por um caminho tão enganoso e perigoso, pois está escrito na Bíblia Sagrada: "Eis aqui agora o dia da salvação" (2 Co 6.2).

Talvez você diga: - Não sou indiferente aos interesses da minha alma; longe de mim tal pensamento, mas a minha maior inquietação exprime-se por outra palavra: INCERTEZA. Por esta razão encontro-me entre os passageiros da segunda classe de que falou.

Pois bem, amigo leitor, tanto a indiferença como a incerteza são filhas da mesma mãe: a incredulidade. A indiferença provém da incredulidade no que diz respeito ao pecado e às suas consequências presentes e eternas. A incerteza, com sua consequente inquietação, provém da incredulidade acerca do infalível remédio que Deus oferece a você. Ora, estas páginas são dirigidas especialmente àqueles que, como você, desejam ter a completa e incontestável certeza da salvação.

Até certo ponto posso compreender bem a inquietação de sua alma e estou convencido de que quanto mais sinceramente interessado você estiver neste assunto, maior será a sua avidez para ter a certeza de que está real e verdadeiramente salvo da ira divina dirigida contra o pecado. "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?" (Mt 16.26), disse o Senhor Jesus.

Suponhamos que o filho de um pai amoroso encontra-se viajando de navio. Chega, entretanto, a notícia de haver naufragado, numa costa estrangeira, o navio em que ele se encontrava. Quem poderá descrever a angústia que a incerteza produz no ânimo daquele pai enquanto não se certificar, por um testemunho fidedigno, de que o seu filho está salvo? Suponhamos ainda uma outra hipótese. Numa noite escura e tempestuosa você está seguindo por um caminho desconhecido. Ao chegar a uma encruzilhada você encontra alguém e lhe pergunta qual é o caminho que conduz ao povoado aonde deseja chegar, e ele, indicando um dos caminhos, responde: "Parece-me que é aquele, mas não tenho certeza; espero não estar enganado". Você ficaria satisfeito com uma resposta tão vaga e indecisa? Decerto que não. Você precisaria ter certeza, do contrário cada passo que desse naquela direção só aumentaria a sua inquietação. Por isso, não admira que tenha existido homens que, sentindo-se pecadores expostos à ira divina, não conseguiram mais dormir, e nem mesmo comer, enquanto a questão da salvação de suas almas não estivesse resolvida. Podemos sentir muito pela perda de nossos bens, ou talvez até mesmo pela perda de nossa saúde, mas o mais penoso de tudo seria a perda de nossa alma.

Pois bem, amigo leitor, há três coisas que, com o auxílio do Espírito Santo, desejo mostrar a você, as quais, na própria linguagem das Sagradas Escrituras são as seguintes:

1. O CAMINHO DA SALVAÇÃO (Atos 16.17).

2. O CONHECIMENTO DA SALVAÇÃO (Lucas 1.77)

3. A ALEGRIA DA SALVAÇÃO (Salmo 51.12).

Estas três coisas, embora intimamente ligadas, baseiam-se, todavia, cada uma delas, em verdades diferentes, de modo que é muito possível uma pessoa saber qual é o caminho da salvação, sem contudo ter o conhecimento de estar pessoalmente salva; ou mesmo conhecer que está salva, sem possuir contudo a alegria que deve acompanhar esse conhecimento. Falaremos, pois, em primeiro lugar do

CAMINHO DA SALVAÇÃO

A primeira parte da Bíblia Sagrada, o Antigo Testamento, está repleta de figuras ou símbolos de coisas espirituais, como diz o apóstolo Paulo: "Tudo o que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito" (Rm 15.4). Vejamos, pois, qual o sentido espiritual de uma dessas figuras contidas no Antigo Testamento, no livro de Êxodo, onde se lêem estas palavras em relação à lei dada por Deus, por intermédio de Moisés, ao seu povo na antiguidade: "Porém tudo o que abrir a madre da jumenta, resgatarás com cordeiro; e se o não resgatares, cortar-lhe-ás a cabeça: mas todo o primogênito do homem entre teus filhos resgatarás" (Êx 13.13). Com estas palavras na memória, voltemos, em pensamento, a uns três mil anos atrás e vamos supor que nos encontramos perto de dois homens que estão conversando seriamente, um deles sacerdote de Deus e o outro um simples e pobre camponês israelita. Nossa atenção é atraída pelos gestos e pela maneira de ambos, que demonstra estarem tratando de um assunto importante. Ao observá-los, descobrimos que o assunto diz respeito a um jumentinho que está ao lado deles.

- Vim perguntar - diz o pobre israelita - se não pode ser feita uma exceção a meu favor, só desta vez. Este animal é o primogênito de uma jumenta que tenho e, embora eu saiba o que diz a lei de Deus a seu respeito, espero que haja misericórdia e seja poupada a vida do jumentinho. Sou apenas um pobre em Israel e não posso pensar em perder este animal.

O sacerdote, porém, responde com firmeza:

- A lei de Deus é clara e não admite dúvidas: "TUDO o que abrir a madre da jumenta, resgatarás com cordeiro; e se o não resgatares, cortar-lhe-ás a cabeça". Por que, então, você não traz um cordeiro?

- Ah, senhor, não tenho nenhum cordeiro! - replica o homem.

- Então vá comprar um e traga-o aqui; caso contrário o jumento terá que ser morto.

- Ai de mim! - exclama o pobre homem - neste caso todas as minhas esperanças estão perdidas, pois sou muito pobre e não posso de maneira alguma comprar um cordeiro.

Mas, durante a conversa, aproxima-se uma terceira pessoa que, ouvindo a triste história do homem, volta-se para ele e lhe diz bondosamente:

- Não fique desanimado, pois posso resolver o seu problema. Temos em casa um cordeiro que é muito querido de todos os de minha família, pois não tem nem uma única mancha nem defeito algum, e nunca se extraviou; vou já buscá-lo.

Pouco depois o homem está de volta, trazendo o cordeiro que em seguida é morto e o seu sangue derramado. O sacerdote volta-se então para o pobre israelita e lhe diz:

- Agora você pode levar o seu jumentinho para casa e ficar certo de que não precisará matá-lo. Graças ao seu amigo, o cordeiro morreu no lugar dele e, portanto, o jumentinho fica, com toda a justiça, totalmente livre.

Ora, querido leitor, acaso você não vê nisto um quadro divino da salvação do pecador? Em consequência dos seus pecados a justiça de Deus exige a sua morte, isto é, o seu justo castigo. A única alternativa que resta a você é a morte de um substituto aprovado por Deus. Você jamais poderia, de si mesmo, providenciar o necessário para sair da desesperada situação em que se encontra. Deus, porém, na Pessoa de Seu amado Filho, supriu, Ele próprio, um Substituto: "Eis o Cordeiro de Deus", disse João aos seus discípulos ao contemplarem o bendito e imaculado Salvador. "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1.29).

E, com efeito, Jesus subiu ao Calvário, "levado como a ovelha para o matadouro" (At 8.32), e ali "padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus" (1 Pd 3.18). "O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação" (Rm 4.25). De modo que Deus, ao justificar o ímpio que crê em Jesus; ao absolvê-lo de toda a culpa, em nada sacrifica as justas exigências do Seu trono dirigidas contra o pecado. Ele é absolutamente justo em assim justificar aquele que tem fé em Jesus (Romanos 3.26). Bendito seja Deus, por nos dar um tal Salvador e uma tal Salvação!

Caro leitor, você crê no Filho de Deus? Se você responder "Sim! Como um pecador condenado tenho encontrado nEle Aquele em Quem posso confiar com toda a segurança. Creio verdadeiramente nEle!", neste caso posso lhe assegurar que, perante Deus, o grande valor do sacrifício e morte de Cristo, conforme Deus o aprecia, aproveita tanto à sua alma como se você mesmo tivesse sofrido, em si mesmo, a condenação merecida.

Oh, que admirável salvação é esta! É grande, é digna de Deus! Por ela Deus satisfaz os desejos do Seu bondoso coração, dá glória ao Seu amado Filho, e assegura a salvação do pobre pecador que nEle crê. Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que determinou que o Seu próprio Filho completasse essa grande obra e recebesse por ela todo o louvor; e que nós, pobres criaturas culpadas, não somente alcançássemos toda a bênção por meio da fé nEle, mas também gozássemos eternamente a bem-aventurada companhia dAquele que assim nos abençoou! "Engrandecei ao Senhor comigo, e juntos exaltemos o Seu nome" (Sl 34.3).

Mas, talvez você pergunte ansiosamente: "Como é que ainda não tenho completa certeza da minha salvação, embora já não confie mais em mim mesmo, nem nas minhas obras, mas só, única e inteiramente em Cristo e na Sua obra? Como é que, se um dia os sentimentos do meu coração me dizem que estou salvo, no dia seguinte me vejo assaltado de dúvidas? Sou como um navio surpreendido pela tempestade, sem poder achar ancoradouro seguro em nenhuma parte". Ah! eis aí o seu engano, e vou explicar o por quê. Porventura você já ouviu falar de algum capitão que procurasse ancorar seu navio lançando a âncora para dentro do próprio navio? Nunca! Ele sempre a lança para fora!

Vejamos, então, o seu caso. Pode ser que você já esteja completamente convencido de que a segurança de sua alma, quanto ao julgamento divino, depende somente da morte de Cristo; porém você imagina, ao mesmo tempo, que são os seus sentimentos que hão de lhe dar a CERTEZA da sua participação nos benefícios dessa morte. Vamos olhar novamente para a Bíblia, pois quero que você veja nela o modo como, pela Sua Palavra, Deus nos dá:

O CONHECIMENTO DA SALVAÇÃO

Antes, porém, de procurarmos o versículo que você deve ler cuidadosamente, o qual nos ensina COMO UM CRENTE PODE SABER QUE TEM A VIDA ETERNA, permita-me citá-lo de maneira errada, ou seja, da maneira como muitos parecem entendê-lo: "Estes alegres sentimentos vos dou a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus". Compare agora isto com a bendita e inalterável Palavra divina, e permita Deus que você possa se firmar nela, rejeitando todos os pensamentos vãos. Ora, o versículo de que falei é o versículo 13 do capítulo 5 da Primeira Epístola de João, que na Bíblia (Versão Almeida Atualizada) está escrito assim: "ESTAS COISAS VOS ESCREVI a fim de SABERDES que TENDES a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus".

A história sagrada do Antigo Testamento nos relata um acontecimento que explica exatamente o modo pelo qual nós podemos ter a inabalável certeza da salvação de que o versículo acima nos fala. Esse acontecimento é a saída do povo de Israel da terra do Egito, o que lemos no capítulo 12 do livro de Êxodo. Como podiam os primogênitos do povo de Israel saber, com toda a certeza, que estavam seguros durante aquela terrível noite da Páscoa, quando Deus derramava sobre o Egito o Seu tremendo castigo? Vamos supor que nos encontramos no Egito nessa solene ocasião, e que visitamos duas das casas dos israelitas. Na primeira casa encontramos toda a família aterrorizada e cheia de receios, dúvidas e incertezas:

- Qual é o motivo de tanta palidez e medo?- perguntamos.

- Ah! - responde o primogênito, - o anjo da morte vai atravessar a terra do Egito esta noite, e não sei o que será de mim quando chegar a meia-noite. Só depois que o anjo exterminador tiver passado por nossa casa, e a hora do juízo tiver terminado, é que saberei que estou salvo, mas antes disso não sei como posso ter a certeza de que nada me há de acontecer. Os nossos vizinhos do lado dizem que têm certeza da sua segurança, mas acho que isso é ter muita presunção. O melhor que eu posso fazer é passar esta longa e terrível noite esperando que tudo me saia bem.

- Porém - inquirimos - o Deus de Israel não providenciou um meio de segurança para o Seu povo?>

- Certamente que sim - responde ele - e nós já usamos esse meio. O sangue de um cordeiro de um ano, cordeiro sem defeito algum, já foi devidamente espargido com um molho de hissopo sobre a verga e ombreiras da porta; mas apesar disso, não temos ainda plena certeza de que eu esteja seguro.

Deixemos agora esta pobre gente, atribulada e cheia de dúvidas, e entremos na casa ao lado. Que notável contraste se apresenta logo à nossa vista! A paz e o sossego brilham em todos os rostos. Ali estão todos, de cajado na mão, a comer o cordeiro assado e já prontos para caminhar.

- Qual é o motivo de tão grande tranquilidade em noite tão solene? - perguntamos.

- Ah! - respondem todos - estamos aguardando as ordens de Jeová, nosso Deus, para sairmos de viagem, quando então daremos as últimas despedidas ao chicote do tirano e à cruel escravidão do Egito.

- Mas esperem! Vocês estão se esquecendo de que à meia-noite o anjo de Deus vai percorrer a terra do Egito, ferindo de morte os primogênitos...?

- Sabemos disso muito bem, mas o nosso filho já está perfeitamente seguro porque já espargimos o sangue na porta, segundo a vontade e ordem do nosso Deus.

Mas também os vizinhos fizeram o mesmo, - respondemos, - e contudo estão todos tristes, porque não têm nenhuma certeza de segurança.

- Ah - diz o primogênito com firmeza - mas nós não temos somente o sangue espargido: temos também uma confiança absoluta na Palavra inabalável do nosso Deus. Deus disse: "Quando Eu vir o sangue, passarei por vós". Portanto Deus fica satisfeito VENDO O SANGUE lá fora, e nós aqui dentro ficamos descansando na SUA PALAVRA. O sangue espargido é a base da nossa segurança. A palavra proferida por Deus é a base da nossa certeza de salvação. Porventura há alguma coisa que possa tornar-nos mais seguros do que o sangue espargido, ou que possa dar-nos mais certeza do que a Palavra proferida por Deus? Nada, absolutamente nada. Eis a razão da nossa paz!

Ora, leitor, qual dessas duas famílias você acha que estava mais ao abrigo da espada do anjo da morte? Talvez você diga que era a segunda, onde todos gozavam daquela tranquila confiança. Você está enganado: ambas estavam igualmente seguras, pois a segurança de ambas dependia, não dos sentimentos dos que estavam dentro da casa, mas sim da maneira como Deus apreciava o sangue espargido fora da casa, sobre a porta. Se você quiser ter a certeza da sua própria salvação, leitor, não dê atenção aos seus sentimentos, mas sim ao testemunho infalível da Palavra de Deus. "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim TEM a vida eterna" (Jo 6.47).

A fim de esclarecer mais este ponto, vou me valer de um simples exemplo tirado da vida cotidiana. Certo lavrador, não tendo pastagens suficientes para o seu gado, e ouvindo dizer que uma bela pastagem próxima à sua casa está para alugar, comunica ao proprietário seu interesse em arrendá-la. Passa-se algum tempo sem que receba resposta do proprietário. Enquanto isso, um vizinho visita o lavrador e lhe diz:

- Estou certo de que ele alugará a pastagem a você. Você não se lembra de que no último ano o proprietário enviou-lhe um presente de caça, e não recorda também da maneira como o cumprimentou quando passou por sua casa há alguns dias?" Eis agora o lavrador todo cheio de esperanças!

No dia seguinte encontra-se com outro vizinho, que durante a conversa lhe diz:

- Receio que você não poderá usar aquela pastagem. Ouvi dizer que o sr. Fulano também a quer, e você sabe como ele é amigo do proprietário.

Esta notícia faz desvanecer as esperanças do pobre lavrador; e assim continua ele; um dia muito esperançoso, outro dia cheio de dúvidas. Por fim recebe uma carta pelo correio e, ao reconhecer a letra do proprietário da pastagem, abre-a com viva ansiedade; mas à medida que vai lendo, o sobressalto vai se transformando em satisfação que se lhe retrata no rosto.

- Está tudo resolvido,- exclama, dirigindo-se à sua esposa; - acabaram-se as dúvidas e os receios! O proprietário diz que me arrenda a pastagem por todo o tempo que eu quiser, e em condições muito favoráveis. Isto me basta; agora já não me importo mais com a opinião de ninguém, seja lá quem for; a palavra do proprietário assegura-me a posse.

Quantas pobres almas há por aí, às quais acontece o mesmo que aconteceu ao lavrador; andam agitadas e perturbadas porque escutam as opiniões dos homens, ou se ocupam com os pensamentos e sentimentos dos seus próprios corações, ao passo que, se com sinceridade recebessem a Palavra de Deus, como sendo a Palavra de Deus, as dúvidas que os atribulam cederiam imediatamente seu lugar à CERTEZA.

As Escrituras dizem que aquele que crê está salvo, e que aquele que não crê está condenado. Não pode haver dúvida, nem em um caso nem em outro, pois é Deus Quem o diz, e para o crente de coração sincero a Palavra de Deus resolve tudo. "Porventura diria Ele, e não o faria? ou falaria, e não o confirmaria?" (Nm 23.19). Deus tem falado, e o crente, satisfeito, pode dizer:

Mais provas não exijo eu
Nem mais demonstração;
Já sei que Cristo padeceu
Para minha salvação.

Mas, talvez haverá alguém que ainda pergunte: "Como hei de saber com certeza se tenho a verdadeira fé?" A esta pergunta temos que responder com outra pergunta: "Você tem fé no verdadeiro Salvador: isto é, no bendito Filho de Deus?" A questão não é saber se a sua fé é muita ou pouca, forte ou fraca, mas se a Pessoa em quem você colocou a sua confiança é digna dela. Há alguns que se agarram a Cristo com uma energia semelhante à do homem que se afoga. Há outros, porém, que apenas tocam, por assim dizer, na orla do Seu vestido; mas os primeiros não estão mais seguros do que os últimos. Todos fizeram a mesma descoberta, isto é, que em si mesmos não há nada em que possam confiar, mas que podem todavia fiar-se seguramente em Cristo, podem fiar-se tranquilamente na Sua Palavra, e podem, portanto, descansar com toda a confiança na eterna eficácia da Sua obra perfeita. É isto que se entende por crer nEle, e é Sua a promessa: "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim, tem a vida eterna" (Jo 6.47).

Portanto, cuidado leitor; não ponha a sua confiança nas suas boas intenções ou no seu arrependimento e penitências, ou em quaisquer outros atos religiosos, nem mesmo nos seus piedosos sentimentos, nem na educação moral que possa ter recebido, nem em quaisquer outras coisas semelhantes. É até possível que você confie firmemente em algumas destas coisas, ou em todas elas juntas, e contudo venha a perder-se eternamente; porém a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, por mais fraca que seja, salva eternamente, ao passo que a fé, mesmo que forte, em outra coisa ou pessoa qualquer é apenas o fruto de um coração enganado.

Deus, no Evangelho, apresenta a você o Senhor Jesus Cristo, e diz: "Este é o meu Filho amado, em Quem Me comprazo" (Mt 3.17). É como se Deus dissesse: "Ainda que você não possa confiar em si mesmo, pode contudo confiar sem receio em Jesus". Bendito, mil vezes bendito Senhor Jesus! Quem não há de confiar em Ti e exaltar o Teu nome?

- Creio deveras nEle, - disse-me um dia uma jovem, com certa tristeza, - todavia não me atrevo a dizer que estou salva, com receio de dizer talvez uma mentira.

Esta jovem era filha de um negociante de gado em uma pequena vila, e seu pai havia ido, naquele mesmo dia, à feira e ainda não tinha voltado.

- Suponhamos agora - disse-lhe eu - que quando seu pai voltar você lhe pergunte quantas ovelhas comprou hoje, e ele responda: "Dez". Suponhamos ainda que logo em seguida entre um freguês e lhe pergunte: "Quantas ovelhas seu pai comprou hoje?" Porventura você responderia: "Não me atrevo a dizer, com receio de mentir"?

Nisto, a mãe da menina, que escutava nossa conversa, disse com certa indignação: - Isso seria o mesmo que dizer que seu pai é mentiroso.

Ora, querido leitor, você não percebe que essa menina, embora bem intencionada, estava realmente a fazer do Senhor Jesus um mentiroso, quando dizia: "Eu creio no Filho de Deus, porém não me atrevo a dizer que tenho a vida eterna, porque receio dizer talvez uma mentira"? Que incredulidade!

- Mas, - alguém poderá dizer, - como posso ter a certeza de que realmente creio? Tenho me esforçado muitas vezes para crer, e procurado ler no meu íntimo se o tenho conseguido; mas quanto mais penso na minha fé, a mim menos parece que eu creia.

Meu amigo, a maneira como você olha para estas coisas não poderia ter outro resultado, e o fato de você dizer que se esforça para crer demonstra claramente que não compreende a questão. Deixe-me, portanto, apresentar-lhe outro exemplo para explicar melhor este ponto.

Suponhamos que você se encontre certa noite em sua casa e entre alguém dizendo que o chefe da estação da estrada de ferro acaba de morrer esmagado por um trem. Acontece, porém, que esse indivíduo que lhe traz a notícia há muito tempo é tido em toda a vizinhança como um grande mentiroso. Você acreditaria nele, ou se esforçaria para acreditar nele?

- Decerto que não! - você me responderá prontamente.

- E por que não?

- Porque eu o conheço bem demais para saber que é um mentiroso.

- Mas, - pergunto - como é que você sabe que não crê no que ele disse? Será que para isso você precisou examinar sua fé?

- Não; é porque sei que o homem que me dá a notícia não é digno de confiança.

Pouco depois entra um outro indivíduo e diz:

- O chefe da estação foi hoje atropelado por um trem e ficou esmagado.

Após ele sair, escuto você dizer prudentemente:

- Agora estou quase crendo que seja verdade, pois conheço este homem desde pequeno e pelo que me lembre, só me enganou uma vez.

- Ora, - pergunto eu de novo, - será que desta vez você sabe que quase crê por ter examinado sua própria fé?

- Não; é porque tenho em conta o caráter de quem me dá a notícia.

Este homem acaba de sair de sua casa e entra um terceiro. Este, que é um amigo que lhe inspira a mais absoluta confiança, não faz mais do que confirmar a notícia. Desta vez então você diz:

- Agora é que creio, João; por ser você quem está me afirmando isto, eu posso crer.

Insisto ainda na minha pergunta, que como você há de recordar, é apenas um eco da sua:

- Como é que você pode SABER agora que crê tão positivamente no que disse o seu amigo?

- É porque conheço bem a pessoa e o caráter dela - você me responde. - Nunca, em toda a sua vida, me enganou, e não a julgo capaz de fazê-lo.

Pois bem, é justamente por esta razão que eu também sei que creio no Evangelho: é por ele me ser mandado pelo próprio Deus. O apóstolo João diz: "Se recebemos o testemunho dos homens, o TESTEMUNHO DE DEUS é maior; porque o testemunho de Deus é este, que de Seu Filho testificou... quem a Deus não crê mentiroso O fez: PORQUANTO NÃO CREU NO TESTEMUNHO que Deus de Seu Filho deu" (1 Jo 5.9,10). E Paulo diz: "Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça" (Rm 4.3).

Em certa ocasião uma pessoa ansiosa pela salvação disse a um servo de Deus:

- Ah! senhor, eu não posso crer! -, ao que lhe respondeu o pregador com muito acerto:

- É verdade?... E em QUEM você não pode crer? - Esta simples pergunto foi suficiente para lhe abrir os olhos. Até ali tinha pensado que a fé era alguma coisa misteriosa que deveria sentir dentro de si, e que sem senti-la não poderia ter certeza da sua salvação. Mas afinal a fé do crente faz com que ele olhe, não para si mesmo, mas, ao contrário, para Cristo e para a Sua obra consumada no Calvário, e o leve a aceitar confiadamente o testemunho que um Deus fiel dá acerca de ambos e assim alcança a paz. Quando uma pessoa se volta para o sol, a sua sombra fica para trás; assim também quando nos voltamos para Cristo glorificado no céu, não mais nos preocupamos conosco.

Fica pois demonstrado que a bendita PESSOA do Filho de Deus ganha a nossa confiança; a Sua OBRA CONSUMADA nos dá segurança eterna; e a PALAVRA de Deus, acerca de todo o que nEle crê, nos dá a certeza inalterável de tal segurança. Encontramos em Cristo e na Sua obra o caminho da Salvação; e na Palavra de Deus o conhecimento da Salvação.

- Mas - dirá talvez o leitor, - se tenho a vida eterna, como é que tenho sentimentos tão inconstantes, perdendo com frequência toda a minha alegria e consolação, achando-me sem paz e quase tão triste como antes de ter sido convertido?

Esta pergunta nos leva a tratar de nosso terceiro ponto que é:

O GOZO DA SALVAÇÃO

A Palavra de Deus nos ensina que, enquanto o crente é salvo da ira futura pela obra de Cristo, e tem a certeza da salvação pela Palavra de Deus, ele conserva a consolação e alegria pelo poder do Espírito Santo que habita em si (1 Co 6.19).

Convém lembrar que toda pessoa salva ainda tem em si o que as Sagradas Escrituras chamam de "carne", isto é, a natureza pecaminosa com que nascemos, e que começa a se manifestar desde a nossa mais tenra infância. O Espírito Santo no crente resiste à "carne", e fica entristecido sempre que ela se manifesta por pensamentos, palavras ou obras. Quando o crente procede de um modo digno do Senhor, o Espírito Santo produz em sua alma o seu bendito fruto: amor, gozo, paz, etc. (veja Gálatas 5.22). Porém quando ele procede de um modo carnal e mundano, o Espírito Santo é entristecido e, como consequência, falta, na vida do crente, este fruto espiritual.

Permita-me, leitor, expor sua situação, como crente, da seguinte forma:

A obra de Cristo e a sua salvação: Ficam em pé ou caem juntamente;

O seu comportamento e o seu gozo: Ficam em pé ou caem juntamente.

Se fosse possível a obra de Cristo cair por terra, o que graças a Deus nunca poderá acontecer, a sua salvação cairia juntamente com ela. Porém, quando por qualquer descuido você não tiver um comportamento próprio de um cristão, (o que pode muito bem acontecer), você ficará também sem desfrutar o gozo.

Em Atos dos Apóstolos, está escrito a respeito dos primeiros cristãos que andavam "no TEMOR DO SENHOR e CONSOLAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO" (At 9.31); e também "os discípulos estavam cheios de ALEGRIA e do ESPÍRITO SANTO" (At 13.52). Depois de sermos convertidos, o nosso gozo espiritual será sempre proporcional ao caráter espiritual do nosso comportamento.

Você percebe agora, leitor, em que consiste o seu engano? Você tem confundido duas coisas diversas, que são: a segurança da salvação, e o gozo que resulta dela. Se porventura você entregar-se à sua vontade-própria, ao seu mau gênio, ou aos prazeres mundanos, etc., o Espírito Santo Se entristecerá e logo você perderá sua alegria espiritual e talvez pense ter perdido também a sua segurança. Repito, porém, mais uma vez:

A sua SEGURANÇA depende da obra que Cristo fez por você.

A sua CERTEZA depende da Palavra que Deus dirige a você.

O seu GOZO depende de você não entristecer o Espírito Santo que habita em você.

Se você, sendo filho de Deus, entristecer o Espírito Santo, a sua comunhão com Deus Pai e com o Seu bendito Filho ficará, como consequência, logo interrompida; e enquanto você, arrependido, não reconhecer e confessar o seu pecado a Deus, aquela comunhão e aquele gozo não lhe serão restaurados.

Suponhamos que uma criança qualquer faça uma maldade. Sentindo que praticou o mal e desconfiando que seus pais já saibam do ocorrido, ela mostra logo em seu rosto os evidentes sinais de perturbação. Meia hora antes ela estava alegre a gozar juntamente com os pais de um passeio no jardim, agradando-se naquilo que agradava a eles também, e gozando aquilo que eles também desfrutavam. Em outras palavras, ela estava em comunhão com eles; tinham todos os mesmos sentimentos. Mas isso cessou num momento, e como criança travessa e desobediente, nós a encontramos agora em um canto, toda triste. Os pais, notando sua tristeza, perguntam-lhe pelo motivo, dizendo-lhe que, se tiver feito qualquer maldade, deve confessar tudo e eles a perdoarão; mas o orgulho e a teimosia a mantém ali calada.

Onde está agora a alegria que essa criança tinha há meia hora? Desapareceu completamente. Por que? Porque se interrompeu a comunhão entre ela e seus pais, devido à sua maldade. Mas o que é feito do parentesco que, há meia hora, existia entre ela e seus pais? Porventura desapareceu isto também? Acaso cessou ou se interrompeu? Certamente que não.

O seu PARENTESCO depende do seu nascimento.

A sua COMUNHÃO depende do seu comportamento.

Passado, porém, algum tempo, ela sai do canto, onde tinha permanecido, e já arrependida e com o coração quebrantado, humilha-se e confessa toda a sua falta, do princípio ao fim, de modo que os pais percebem que ela odeia agora, tanto quanto eles, a sua desobediência e travessura. Então, tomando-a nos braços, cobrem-na de beijos. A sua alegria restabelece-se, porque também a sua comunhão com os pais está agora restabelecida.

Lemos que o rei Davi, tendo em certa ocasião pecado gravemente, se arrependeu e voltou-se para Deus orando: "Torna a dar-me a alegria da tua salvação" (Sl 51.12). Notemos que não pediu que lhe fosse restituída a salvação, mas a alegria da salvação.

Imaginemos agora o caso de outra maneira. Suponhamos que enquanto a criança se encontrava no canto, soluçando e sem dar provas de querer reatar comunhão com seus pais, se ouvisse um grito de "Fogo!" O que iria ser da criança? Porventura seus pais a deixariam naquele canto para ser consumida pelo fogo que devora a casa? Impossível! Seria até mais provável que ela fosse a primeira pessoa que os pais tirariam para fora de casa e poriam a salvo. Todos devem saber perfeitamente que o amor de parentesco é uma coisa, e que o gozo da comunhão é outra inteiramente diferente.

Ora, quando um crente cai em pecado, a sua comunhão com Deus Pai fica por algum tempo interrompida, e falta-lhe o gozo até que, com o coração contrito, se volte para o Pai e Lhe confesse os seus pecados. Então, confiando na Palavra de Deus, sabe que está de novo perdoado; porque a Sua Palavra claramente diz que: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1 Jo 1.9).

Assim, pois, ó filho querido de Deus, lembre-se sempre destas duas importantes verdades: que não há nada tão forte como o LAÇO DE PARENTESCO; e nada há tão frágil como o LAÇO DA COMUNHÃO. Todas as forças e todas as maquinações da terra e do inferno reunidas não podem quebrar o primeiro, ao passo que basta apenas um pensamento impuro, ou uma palavra leviana, para quebrar imediatamente o segundo.

Se porventura você tiver alguma vez a sua alma atribulada, humilhe-se perante Deus, e examine a sua consciência. E quando você tiver descoberto o ladrão, o pecado que lhe roubou a alegria, traga-o para a luz da presença de Deus; isto é, confesse o seu pecado a Deus, seu Pai, e julgue-se a si mesmo, pelo seu descuido e pela falta de vigilância da sua alma que, assim, deixou entrar às escondidas o inimigo. Mas não confunda nunca, NUNCA, a sua segurança com o seu gozo.

Não imagine, todavia, que o julgamento de Deus é menos severo contra o pecado do crente, do que contra o do incrédulo. Ele não tem dois modos diferentes de tratar com o pecado. Seria impossível a Deus passar por alto, sem julgar, tanto os pecados do crente como os do incrédulo que rejeita ao Seu precioso Filho. Há, porém, entre os dois casos a seguinte diferença:

O pecado do crente foi previsto por Deus, havendo-o lançado sobre Cristo, o Cordeiro divino, quando Este foi crucificado no Calvário. Ali, de uma vez para sempre, foi levantada a grande questão criminal da sua culpa, recaindo o castigo, que o crente merecia, sobre o seu bendito Substituto. "Levando Ele mesmo em Seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro" (1 Pd 2.24). O incrédulo, porém, que rejeita ao Senhor Jesus Cristo, há de sofrer, ele próprio, as consequências eternas dos seus pecados no lago de fogo.

Ora, quando um crente comete uma falta, a questão criminal do pecado não pode ser suscitada novamente contra ele, porque o próprio Jesus, constituído agora o Juiz de todos, é Quem a resolveu de uma vez para sempre sobre a cruz; porém a questão da comunhão é levantada dentro da sua alma pelo Espírito Santo, todas as vezes que o crente O entristece.

Permita-me que, em conclusão, me sirva de outro exemplo. Imaginemos uma noite serena e magnífica, com a lua brilhando com o seu maior esplendor. Um homem está olhando atentamente para um lago profundo, em cuja superfície a lua se reflete admiravelmente e, dirigindo-se a um amigo que está ao seu lado, lhe diz:

- Como a lua está linda esta noite, tão cheia e brilhante!

Porém, apenas acaba de falar, seu companheiro deixa cair uma pedra dentro do lago e logo o primeiro exclama:

- Que é isto? a lua fez-se em pedaços, e os seus fragmentos estão batendo uns contra os outros na maior confusão!

- Que absurdo! - responde seu companheiro. - Olhe para cima e você verá que a lua não mudou em coisa alguma. A superfície da água do lago, que a reflete, é que sofreu mudança, ficando agitada.

Amigo crente, aplique a você mesmo este simples exemplo. O seu coração é como o lago. Quando você não concede nele lugar para o mal, o bendito Espírito de Deus revela a você as perfeições e glórias de Cristo, para sua consolação e gozo. Mas no exato momento em que você acolhe em seu coração um mau pensamento, ou que de seus lábios escapa uma palavra ociosa, sem ser logo julgada, o Espírito Santo começa, por assim dizer, a alterar a superfície do lago, e a sua felicidade e gozo se desvanecem fazendo com que você fique inquieto e perturbado até que, com espírito quebrantado diante de Deus, Lhe confesse o pecado que tem sido a causa da sua perturbação. Aí então ficará restaurado o sossego de seu espírito, e você desfrutará de novo o gozo da comunhão com Deus.

Enquanto o seu coração se sente assim intranquilo, porventura você acha que a OBRA DE CRISTO SOFREU ALGUMA MUDANÇA? Isto jamais poderá acontecer; e por conseqüência também a realidade da sua salvação não sofreu mudança. Mudou a PALAVRA DE DEUS? É claro que não. Então permanece inabalável a certeza da sua salvação. O que foi que mudou então? A AÇÃO DO ESPõRITO SANTO em você. Ele, ao invés de lhe mostrar as glórias do Senhor Jesus, e de assim encher o seu coração com o sentimento do valor da Pessoa e da obra de Cristo, Se vê na necessidade de deixar essa preciosa ocupação para encher a sua consciência com o sentimento do seu próprio pecado, sua fraqueza e sua falha. Ele o privará de sua consolação e de seu gozo enquanto você mesmo não se julgar, reprovando o mal que Ele julga e reprova. Porém, quando isto acontece, restabelece-se novamente a sua comunhão com Deus. Que, pela graça do Senhor, tenhamos sempre uma santa vigilância sobre nós mesmos, a fim de não entristecermos "o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção" (Ef 4.30).

Querido leitor, por mais fraca que seja a sua fé, fique certo de que o bendito Senhor em Quem você tem depositado sua confiança jamais mudará. "Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e ETERNAMENTE" (Hb 13.8). A OBRA de Cristo consumada jamais mudará: "tudo quanto Deus faz durará ETERNAMENTE: nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar" (Ec 3.14). A PALAVRA por Deus pronunciada jamais mudará. "Secou-se a erva, e caiu a sua flor: mas a palavra do Senhor permanece PARA SEMPRE" (1 Pd 1.24,25).

Assim, pois, o alvo da nossa fé, o fundamento da nossa esperança, e a base da nossa certeza, são igualmente perduráveis. Com confiança então podemos já cantar: 

Ó Deus e Pai, Te agradecemos
A paz, perdão e Teu amor;
Com gratidão reconhecemos
Que temos parte em Teu favor.

Permita-me, pois, leitor, que pergunte a você uma vez mais: "Em que classe você está viajando?" Eleve a Deus o seu coração e dê-Lhe já, sem demora, a sua resposta.

"Quem a Deus não crê mentiroso o fez: porquanto não creu no testemunho que Deus de Seu Filho deu" (1 Jo 5.10). "Aquele que aceitou o Seu testemunho, esse confirmou que DEUS É VERDADEIRO" (Jo 3.33).

Querido leitor, meu desejo é que a alegre certeza de possuir esta tão grande salvação encha o seu coração e domine toda a sua vida, agora e até que Jesus venha.

George Cutting (+ 1934) 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

INCOERÊNCIAS DO CRISTIANISMO RELIGIOSO


1 - Professam que Jesus é único mediador entre Deus e os homens, no entanto confiam, refugiam, ampara-se, se apegam a outro homem ou imagem de um santo canonizado ou uma instituição fazendo destes uma ponte entre se mesmo e Deus. Ou seja, na ausência destes elementos visíveis; Deus não ouve, não salva, não se faz presente, não abençoa, não perdoa, não responde, não protege..... Ao pensarem assim, estão dizendo que só Jesus não serve, não é suficiente tem que haver um tipo de representante palpável.  (Jo 14:6)

2 - Professam que “só Jesus Cristo salva”, mas, precisam do rogo de santos canonizados e/ou das praticas de boas obras – ou seja, só serei a salvo se fizer o que é correto,  bom, praticar  a lei de Moises, de uma instituição ou até mesmo as minhas próprias leis( aquelas que criamos definindo o que é certo ou errado).    Em suma isso equivale a crê na “salvação por obras”

3 - Professam “eu sou salvo em Cristo” “sou crente”, mas, acredita que essa salvação só é possível se estiver fazendo parte de uma instituição; um grupo religioso. 

4 - Professam “Jesus me deu a vida eterna” Porem tem medo de perder essa vida eterna, por achar que a conservação dela depende de nós, e dos nossos esforços. Daí se vir a falhar nesta tarefa perde o que Jesus já tinha dado. É a chamada salvação iôiô

5 - Professam “Jesus mora em mim”, no entanto chama um prédio construído por mãos humanas de casa de Deus. Decida-se. Quem é casa de Deus você ou o prédio/templo?

6 - Professam “Jesus estar comigo” e até recitam a passagem onde Jesus disse: “quando quiser falar com teu pai que estas no céu entra no teu quarto....”. Porem quando quer falar com ele tem que se deslocar para um lugar físico com status de sagrado. Geralmente um templo e em muitos casos, também, um monte.

7 - Recitam a passagem que Jesus disse: “onde estiver dois ou três reunidos no meu nome estarei eu no meio deles”, mas, só acreditam que Jesus se faz presente na denominação. Ter que haver um templo, portar um nome (igreja tal), um homem designado por uma convenção e/ou ministério da própria denominação.                                                                              
 Na a ausência de intitulado pastor, bispo, apostolo, reverendo, rabino, padre, papa e etc; do templo, e do nome igreja tal não adianta se reunir por que Jesus não estará presente.   É como se Jesus estivesse dito: onde estiver um grupo reunido no templo com a presença de um líder (pastor, bispo, apostolo, reverendo, rabino, papa, padre e etc), portando um nome (igreja tal) eu ai estarei no meio destes.

8 - Professam “há um só corpo, um so Deus, uma só fé, um só salvador, um só senhor” ainda dizem servir e Crê neste mesmo Deus, salvador e Senhor, mas, estão divididos em milhares de denominações. O que os levam a se dividirem? Ambição por poder e dinheiro? Doutrinas diferentes? Como alguém que vive sobre a mesma fé teria doutrinas diferente?

9 - Dizem “Jesus nos resgatou da lei e do pecado”, no entanto vivem apegados às praticas da lei mosaica como meio de ter e de manter a salvação. “Se é por lei não é por graça; e se é por graça então não é por lei”

10 - Afirmam: “Jesus me salvou”, mas tem medo da morte, de não fazer parte do arrebatamento, de ir para o inferno. Concluindo. Diz que é salvo, mas não tem tanta certeza assim.

11 - Sabe que quem já ressuscitou com cristo deve buscar as coisas que são de cima. Porem anda numa busca desenfreada por bens desta terra. Devemos juntar ou não tesouro na terra?

12 - Seus lideres afirmam “faço a obra de Deus por amor”, mas, cobram salários. E se não pagarem os salários exigidos tem problema. Não pastoreiam, não pregam, não cantam....

13 - Chamam Deus de meu Deus – todavia dirigem suas orações, adoração e culto a imagens esculpidas. A Bíblia chama essa pratica de idolatria. A oração deve ser dirigida a Deus (Mt 6:6; Fl 4:6; I Tm 2:5)

A lista de incoerência não termina por aqui. As mencionadas nesta postagem é apenas algumas das muitas que se constata no âmbito religioso.

Pergunto:

A denominação que você participar tem algumas dessas incoerências? Se sua resposta é sim então saiba que igreja (organização) onde você estar associado é uma grotesca imitação da verdadeira Igreja de Cristo.
E quanto a você. As incoerência citadas tem haver com suas pratica e crenças? Sim? Então você precisar Crê em Jesus Cristo (o messias).  Leia a bíblia e orem pedindo a Deus, entendimento, discernimento e sabedoria. “Quem pede recebe e quem busca encontra”

Nele que nos tirou das trevas para sua gloriosa luz.
Irmão Paulo   




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

DONS OU TÍTULOS ECLESIÁSTICOS?

O tema desta postagem talvez tenha soado estranho para você. No entanto, nosso objetivo é o esclarecimento de um texto bíblico que descreve capacitações espirituais delegadas, por Jesus Cristo, aos homens para aperfeiçoamento do corpo de Cristo.  Disse esclarecimento, em razão da confusão que tem se desdobrado ao decorrer dos séculos, na esfera da cristandade, no que diz respeito a sã doutrina dada para igreja.    
O texto em apreço é a carta de Paulo aos Efésios, precisamente, o capitulo 4: 10-14, que diz:

   “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestre, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, Para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente”

Esse é um dos trechos das escrituras que é utilizada por muitos para justificarem os títulos recebidos no âmbito religioso. Porem se lemos o capitulo desde o inicio perceberemos no versículo oito que não se trata de titulo e sim de dons espirituais.
Os dons descritos são: Profetas, apóstolos, evangelista, pastores e mestres.

Ponderemos sobre cada um dos dons acima mencionado para um correto entendimento da palavra de Deus.

Apóstolos: Na Bíblia, encontramos requisitos e condições para ser um apostolo. As quais são:      
  • Ter visto o Senhor  (I Co 9:1; 15:8)
  • Ter sido escolhido e enviado pelo próprio Jesus Cristo (Lc 6:13; Jo 6:70; At 9:15)
  • Ter sido testemunha ocular do ministério, terreno, de Jesus do batismo a ressurreição (At. 1:21,22)
  • Ter lançado o alicerce da Igreja do qual Cristo é a pedra angular (I Co 3:10; Ef 2:20)

Qualquer pessoa que não se enquadre dentro destes requisitos não é um apostolo é um impostou ( Ap 2:2; II Co 11:13-15; II Tm 3:13)

Profeta: em suma, podemos afirmar que profeta é a pessoa que fala por inspiração divina. Além dos vários profetas do Antigo Testamento há também os profetas do Novo Testamento. Aos profetas do N.T. foi revelado o ministério oculto em Deus, ou seja,  o mistério concernente  a Igreja. (ICo 2:6-13). Vale ressaltar que os apostolo eram, também, profetas. Mas nem todo profeta foi um apostolo (At 13:1; I Co 12:29).
Tudo que precisamos em matéria de doutrina, para a Igreja, já esta revelado nas escrituras Neotestamentárias, não havendo, portanto, necessidade de novas doutrinas.                                       Nestes termos, os dons de profeta e apostolo, foram dons em evidencia no inicio da igreja para porem o fundamento (Ef 2:20; I Co 3:10) uma vez posto o fundamento já não precisamos de novas revelações ou de modificações, a não ser se a Bíblia estivesse incompleta. O grande erro na historia da cristandade foi tentarem adicionar ideias humanas à forma simples do evangelho de Cristo (II Co 11:3). Portanto qualquer profecia nos dias de hoje deve ser no sentido de falar por Deus, ou seja, quando alguém estar ministrando a palavra de Deus, conforme tá nas escrituras, estar, portanto profetizando, mas ai é bem diferente da profecia dada aos apóstolos e profetas no inicio da igreja.

Evangelista: é comum nas denominações a consagração para o cargo de evangelista. Geralmente estas consagração na denominação se dar da seguinte forma: 1º são escolhido para diáconos depois presbíteros e só então após fazer um curso de teologia são escolhido por suas conversões para o cargo de evangelista. A partir daí ficam em uma espécie de fila aguardando um campo onde serão enviado e posteriormente consagrados a pastores. Nesta espera, muitas vezes acontece rixas, intrigas, traições e até divisões. Como se pode ver isso não tem nada em comum com o don de evangelista conforme as escrituras. O evangelista, conforme a escritura é um don e não um titulo. Sendo um don é algo que vem de Deus e não uma nomeação humana. Quem tem o don de evangelista tem também a fé e disposição de se empenhar na divulgação do evangelho sem se preocupar com o que há de comer, bebe ou vestir, e também não sai por ai exigindo salários, pois sabe que o dono da ceara não deixará faltar o necessário para sua sobrevivência.  E também nunca fica em uma sede denominacional esperando campo, pois o campo do verdadeiro evangelista é o mundo. Em suma o evangelista é aquele irmão que sai, assim como o grande mestre, de cidade em cidade, de aldeia em aldeia anunciando o evangelho. Os apóstolos e profetas puseram o fundamento, o evangelista vai à busca de pedras para construção do edifício espiritual (I Pe 2:5). Considerando que o mundo é o campo, O evangelista é aquele que sai desbravando o terreno e semeando a boa semente.


Pastor: no sistema religioso é feita a seguinte matemática: curso de teologia + credencial de pastor = a salários fixos todo mês e um povo para mandar e desmandar.  
Para ser um pastor no sistema tem que ser escolhido por uma convenção e ter o titulo de pastor explicitado em uma carteira. Não é isso que a bíblia diz. Pastor é don e não um titulo. Quem tem o don pastoral não precisa de titulo para atuar, o próprio Espírito Santo o impulsiona a exercer a função pastoral. Muito irmãos tem o don de pastor porem, nunca foram assim denominada por nenhum sistema humano.  Pra ser pastor não precisa ter curso, titulo ou carteirinha, mas o don e a função é desempenhada no caminhar. Não depende da vontade do homem, mas de Deus.
Na verdade ninguém é pastor, se tem o don de pastor. Pois o único pastor é Cristo (Jo 10:16). E não há algo que alguém possa ter ou fazer para recebê-lo de Cristo. É don uma dadiva e vem de graça, sem esforço humano, assim como a salvação. Ademais o don de pastor é universal a sua atuação é no corpo de Cristo e não em uma assembleia de irmãos. Da comunidade local cuidam os anciãos (presbíteros, bispos) que pode ou não ter o don pastoral. No caso dos anciãos não se trata de don, mas de oficio, e não parece no singular, mas sempre no plural. Então em uma cidade entre os irmãos daquela comunidade deveriam existir alguns presbíteros (bispos, anciãos) para cuidar no sentido de responsabilidade com o rebanho. É bom nos atemos que como presbítero é um oficio, (uma indicação) e não um don há na bíblia as prerrogativa para quem quer ser presbítero (ancião) fugir dos requisitos exigido nas escrituras é o mesmo que abandonar a doutrina dos apóstolos(Fl 4:9; I Co 14: 36-38; I tm 1:19).

Mestre: Acredito que ter o don de mestre é o mesmo que ter o don da palavra da sabedoria, não uma sabedoria adquirida no cursos ou semenário de teologia mas aquela sabedoria que vem do alto é uma capacitação Espiritual. Ele é o responsável pelo alimento mais solido para o rebanho. A ele Deus da a capacidade de ensinar, instruir os demais membros do corpo de cristo. É também um don universal (At 11:19-21). Repito, trata-se de um don e não é um titulo, ou prerrogativa humana pois mestre só temos um: O Cristo (Messias).
Pastor é um dom dado pelo próprio Senhor (Efésios 4.11). Nenhuma escola, homens, ou organização, pode fazer de alguém um pastor segundo a Bíblia. É um dom como é o evangelista e o mestre (ou doutor). Vemos a ordem dos dons claramente indicada em Atos 11 onde os evangelistas pregam o evangelho (vers.1920), pessoas crêem (vers. 21), recebem um irmão com o dom de pastor (vers. 2224) que os reúne como faz o pastor às ovelhas, cuidando delas e exortandoas a permanecerem unidas ao Pastor que é Cristo. Vem, então, a necessidade de alimento mais sólido para aquelas almas e Paulo (além do próprio Barnabé) vai exercer o dom de mestre ou doutor (vers. 2526) ensinandoos.
Concluiremos dizendo que o clero da cristandade não tem respaldo bíblico, e o que se ver por ai é fruto de uma confusão causada por aqueles que por ambição e ganancia não se submetem a palavra de Deus e assim cria ou copia de outros, e até do sistema mundano, seus próprios meios ou recursos. possivelmente, achando que o constituído por Jesus é muito simples e precisa ser mais bem organizado e por tanto modificado.
Ademais, o que motiva homem de Deus no desempenho do serviço cristão não é a conquista de status, reconhecimento, fama, riqueza, poder, regalias ou coisa do gênero, mas o fazer a vontade do Mestre ( o bom pastor). Ao lemos a historia dos apóstolos podemos constatar que o que eles tinham como ganho não era o lucro financeiro ou nome de destaque, mas, o sofrer por amor a Cristo e seu evangelho.

Graça e a paz a todos que com humildade, e sem fins fraudulentos, se doa para a causa do evangelho de Cristo, nosso Salvador. A ele seja dado a louvor, amém.


 Paulo Xavier

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

LEI E GRAÇA (em resumo)


A palavra lei procede do Latim "lex" que significa "regra, norma". Trata-se de uma norma ou um conjunto de normas concebidas por um poder soberano para regular a conduta social de um povo e impor sanções a quem não às cumpre. Lei divina, conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.                                                                   Graça é um substantivo feminino oriundo do termo em latim gratia e significa benevolência, mercê, estima ou um favor que se dispensa ou recebe. No âmbito da teologia, graça consiste no dom sobrenatural, concedido por Deus como meio de salvação.
1        – proposito da lei
a)      Revelar o pecado (Rm 3:20; 7:7)
b)      Revelar a santidade de Deus (Rm 7:12)
c)      Mostrar a impossibilidade do homem de obedecer aos mandamentos de Deus, isto o coloca na condição de pecador sentenciado a condenação o que lhe revela a necessidade de um Salvador e redentor – ou seja, a lei nos conduz a cristo (Gl 3:24)
2 – Cristo é o fim da lei (Rm 10:4; Gl 3:25)
3 – ninguém será justificado, diante de Deus, pelas obras da lei (Gl 3:20)
4 - os fies a Deus no antigo testamento, também foram salvo pela graça; e não pela lei (At 15: 10,11)
5 – Como cidadão Israelita (Judeu), Jesus nasceu debaixo da lei (Gl 4:4) e cumpriu a lei em seus ritos; (Mt 5:17; Lc 2:21-24,39) e em seus tipos, profecias, e promessas (Lc 24:26,27,44)
6 – proposito da Graça
a)      Revelar a salvação de Deus em beneficio do homem (Tt 2:11)
b)      Expressara bondade de Deus
7 – a lei condena o melhor homem; a Graça salva graciosamente o pior (Lc 23:40-43; I Tm 1:13-15)
8 – a lei não pode aperfeiçoar coisa alguma. Jesus Cristo por sua graça, sim (Cl 2:10; Hb 7:19)
9 – a lei e a Graça não se confunde na Bíblia (Mt 9:16,17; Jo 1:17)
10 – não estamos debaixo da lei, e sim debaixo da Graça (Gl 4:5; Rm 6:14)
11 – aqueles que procuram justificar-se nas  obras da lei estão debaixo da maldição (Gl 3:10), caíram da Graça e estão separados de Cristo (Gl 5: 4)
12 – Jesus é o único caminho para Deus (Jo 14:6), e não uma mera continuação da lei; é um novo e vivo caminho (Hb 10:20)
Paz e Graça.

Paulo Xavier