terça-feira, 16 de agosto de 2011

Dízimo

Reflexão sobre o Dízimo.
Paulo Xavier
        Após ler vários comentários, pós e contra, a respeito do ato de Dizimar, decidir tirar as conclusões fazendo um estudo, minucioso, nas sagradas escritura. Nelas encontrei, pela graça de Deus, esclarecimentos incontestáveis que gostaria de compartilhar com o caro leitor. Deixo claro que não me limitei a versículos isolados mais fiz uma busca dentro de todo um contexto de textos. Sei que alguém pode discordar e tem todo o direito de fazê-lo. Todavia quero ressaltar que as considerações, aqui expostas, podem ser constatadas no livro divinamente inspirado.
Vamos às considerações.  
          Para, melhor, compreensão deste assunto devemos mencionar as duas principais alianças. A antiga feita com o povo Judeu, entregue a estes por meio de Moises e a Nova vinda por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador. A antiga aliança teve sua validade até a morte de Jesus, quando este expirou na cruz do calvário dizendo a o pai “está consumado”, a partir daí passamos a viver sobre a nova aliança. A morte de Jesus foi o ato imprescindível para validar a nova aliança, pois um testamento só tem validade com a morte do testador.   Não sendo mais necessário, a o homem, viver segundo a lei de Moises, pois esta caducou na cruz. Tudo que o homem tem que fazer, pra alcançar a vida eterna, é crê em Jesus e aceita-lo como salvador e Senhor. Aqueles que ainda pensar ser justificado por obras da lei, alem de estarem debaixo de maldição estão anulando a Sacrifício de Jesus.
         Somos salvo pela graça por meio da fé. Não sendo, desta forma, justificado diante de Deus por meio de obras externas que leva o homem a pensar que são melhores do que os demais como foi o caso do fariseu que dizimava de tudo e jejuava duas vezes na semana.
       O dízimo, norma circunstancial, aplicada durante a antiga aliança nunca foi entregue em dinheiro, sempre foi produto da terra ou crias de animais como ovelha e gado. Levando em consideração que toda doutrina bíblica deva ser aplicada em nossos dias como foi pra o povo na época, em que foi escrita, se o dízimo ainda estivesse em evidencia não haveria respaldo bíblico para modificar a forma e passar a dar-lo em dinheiro (espécie) e entregá-lo a pessoas que não são da tribo de Levi, pois Só aos que dentre os filhos de Levi recebiam o Sacerdócio, tinham ordem, segunda a lei, de tomar os dízimos do povo. Vale lembrar que a personalidade levítica não mais existe entre nós, ate por que o sacerdócio Foi mudado.
        Falam se muito sobre o dizimo de Abraão. Vamos às considerações sobre este dizimo: Abraão dizimou despojos de guerra, na verdade nem pertencia a ele, uma vez que o mesmo  recusou-se a aceitar, não foi ele obrigado a ter que dizimar e nem fez isto para alcançar Salvação ou justificar-se diante de Deus e muito menos pra não ser amaldiçoado, fez uma única vez e não aplicou como regra a ser seguida pelos seus descendentes, prova disto é que não há registro de Isaque dizimando, Jacó só prometeu dizimar de tudo que ganhasse mediante um voto,  várias vezes a nação Israelita venceu seus inimigos tomando os despojos de guerra, mas nunca fizeram nem foram levados a fazer, conforme Abraão fez ao encontrar-se com Melquisedeque. Vale ressaltar que o texto que menciona sobre o dízimo de Abraão é um texto narrativo e não doutrinário e quando o autor das cartas aos Hebreus fez menção deste assunto o foco era a superioridade da Nova aliança sobre a Antiga, ele não estava doutrinando aqueles irmãos a dizimar.
         Usar Malaquias 3:10, para aplicar a doutrina do dízimo, sobre nós da Nova Aliança, é no mínimo equivoco, alienante e por interesses financeiros. Pelos seguintes motivos: o dízimo que Malaquias reclama é o determinado na lei de Moises, as maldições e condenações, explicitas na antiga aliança não será uma ameaça para nós, novo homem em Cristo. Convicto desta graça Paulo escreveu: “Nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus..”.
        Mateus 23:23: Quem usa este versículos para defender que devemos dizimar é tendencioso ou está equivocado, por não fazer uma leitura completa do texto, e não  considera o contexto cultural e histórico. Este é um texto circunstancial. Veja por que: Jesus nasceu sobre a lei, veio cumprir a lei e no versículo citado falava com quem dizia ser zeloso da lei, uma vez que Jesus ainda não havia passado pela morte da cruz, a lei ainda estava em evidencia daí o porquê de “fazei estas coisas sem omitir aquelas”. Se lermos, com atenção, os evangelhos, vamos perceber, os discípulos e ate mesmo Jesus cumprindo praticas da lei  como: a purificação de Maria depois do parto, Jesus sendo circuncidado ao oitavo dia, Jesus mandando que o leproso fosse até o Sacerdote e pagasse a oferta conforme determinou Moises e mesmo depois da morte de Jesus os discípulos ainda continuaram a guardar o sábado, preceito da lei, o que levou as mulheres a só irem ungir o corpo de Jesus no domingo. Faziam isto pelos hábitos que tinha da lei que só depois, ao decorrer do tempo, e principalmente depois da convenção de Paulo, é que eles começaram a se desprenderem da lei de Moises. Isto justificar os debates acalorado que Paulo teve que enfrentar com os judaizantes a respeito da lei e até Pedro foi repreendidos por este.
        Afirmamos com convicção: Não há mandamento a respeito do dízimo no Novo Testamento. Não há registro, nos evangelhos, que Jesus recebeu dízimo. E quantos aos apóstolos estes nem receberam nem pagaram nem ensinou ninguém a pagar a porcentagem estabelecida na lei de Moises. Alguém pega alguns versículos, do Novo Testamento, que nada tem haver com dízimo e forçando o texto aplica como se este defendesse a prática, Já ouvir dizer que um determinado pastor ensinou para seus membros que Ananias e Safira morreram por não entregarem os dez por cento.  Veja que absurdo. E este pastor não é o único que faz isto ele deve ser um mero repetidor dos seus lideres convencionais.
        No Novo testamento há ensino e exemplos de contribuição. Mas é totalmente diferente do dízimo da Antiga Aliança. Malaquias 3:10 é substituído por II coríntios 9:7. Os Evangelhos e as cartas apostólicas não estabelecem porcentagem para contribuição, vão desde um copo de água fria, que se dar a um dos pequeninos chamado discípulos, até venda de todos os bens para dividir com os pobres. O valor monetário da oferta da pobre viúva em comparação com os bens depositados aos pés dos apóstolos, pelos primeiros cristão, com certeza tem uma diferença muito grande. Mas o significado, espiritual e a demonstração de amor, diante de Deus têm o mesmo valor. O dar na Nova aliança deve ser voluntário e sem constrangimento, pois se for sem amor de nada adianta. Os que entregam dízimo por medo de maldição precisam ler romanos 8:1. Quantos a os que entregam por medo de perder a Salvação precisam ler Efésios 2:8,9. Os que fazem em obediência a Malaquias 3:10 devem ler Galatas 5:4. Já vir pessoas após dizimar reclamar porque o nome não estava no mural da Igreja (o pastor, seguindo exemplos de tantos outros, havia pedido que o tesoureiro divulgasse mensalmente, em uma lista posta no mural, os nomes dos dizimista) esqueceram eles, inclusive os pastores, que no Novo testamento se dar com uma mão de forma que a outra não veja. Tem ainda os que dizimam por pressão de pastores e o fazem apenas para adquirir ou manter-se em cargos eclesiásticos, tornando verdadeiros aprendizes de fariseus, ganhando com isto apenas reconhecimento humano, fama e posições ministeriais em outras palavras ganham o mundo. Mas Jesus já nos advertiu “do que vale o homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma”.
Conclusão:
        Não sou contra quem contribui na obra. Este é nosso dever. Mas temos que fazer por amor. Se o Irmão ou Irmã quer, voluntariamente, repartir com os demais faça por caridade e observando a ordem conforme orientações Neotestamentaria. Pega o valor que você quiser e puder, der a isto o nome que você quiser. Primeiro olhe para os da sua família (se houver necessitados), pois quem ver os da sua família em necessidade e não os ajuda negou a fé e pior que o incrédulo, depois não se esqueça dos pobres necessitados dando prioridade aos irmãos por serem eles domésticos na fé, lembra de repartir também com aqueles que lhe instrui na palavra, neste caso os que ensinam o evangelho puro e simples de Jesus Cristo sempre alerta para o que nos disse o apostolo João “Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis."  Se não podemos recebê-los em nossa casa nem saudá-los, podemos repartir nossos bens com estes que defende doutrina sem respaldo bíblico?. Por fim contribua com a obra missionária (desde que seja pautada no evangelho) e com a obra de uma forma geral.

Mas se o querido Irmão (ã) quer entregar seu dízimo em observância a Malaquias 3:10 e conseqüentemente segundo a lei, pega seu dinheiro vai até Jerusalém em Israel, procure onde fica o templo de Salomão especialmente no departamento chamado casa dos tesouros (acredito que o querido (a) não vai encontrar pois foi destruído por Nero na era 70 depois de Cristo) ao chegar em Jerusalém substitua o dinheiro por frutos da terra e por gado, procuras os Levitas se encontrares entregar a eles todos os seus dízimos. Mas não se esqueça de dar uma lida e meditar em Gálatas 3:10. Se Você após refletir sobre o texto mudar de idéia será bem melhor pra Você mesmo.

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