sábado, 21 de julho de 2012

O salário do obreiro


O salário do obreiro

“porque diz a escritura: Não ligarás a boca do boi que debulha. E. Digno é o trabalhador do seu sustento”

Basta questionar o salário pago ao pastor que esta passagem logo é citada. Mas, Este verso dar respaldo para obreiros, (pastores, bispos, apóstolos....), usufruírem de opulente salários em suas denominações?   Vejamos:
Iniciaremos este artigo, esclarecendo alguns detalhes a respeito do tema.  
PRIMEIRO: È subentendido, entre a cristandade, que obreiros são apenas pastores, presbíteros, apóstolos, bispos, diáconos, em fim os que sentam no púlpito. O vocábulo “obreiro” significa: operário, trabalhador. Logo todos que atuam na obra, de Deus, são obreiros; seja o porteiro, professor da Escola dominical, tocador, o líder de grupo, regente, a irmã dirigente do circulo de oração e mesmo aqueles que não têm cargo designado pelo clero das religiões, mas que faz de alguma forma a obra do Senhor é um obreiro.
SEGUNDO: e comum os lideres religiosos, em especial os pastores, defenderem a posição de sacerdote. Seriam eles sacerdote? Sim, sendo (ele) um crente salvo em Jesus Cristo, mas, não são os únicos, pois todo Salvo em cristo é um sacerdote (I Pd 2:5,9; Ap 1:6), Logo o elitização sacerdotal  é fruto da apostasia  da igreja de Rom. Apostasia que as igrejas protestantes seguiram o modelo.    
TERCEIRO: os pastores costumam se apropriar do dízimo alegando que se os levitas e sacerdotes, no antigo testamento, tinha esse direito logo eles (os pastores) também tem.
Analisaremos por que estão errados nesta afirmação:
(a)   Os levitas não podiam, (por ordem divina), ter herança (posse de bens) entre seus irmãos. Já os pastores do sistema possuem o que bem entenderem e conseguirem comprar, não há limites nem normas (em seus estatutos) que os impedem de ter bens matérias. Valdemiro, Macedo e Malafaia não são os únicos milionários da elite eclesiástica;
(b)    Os levitas não podiam envolver com outras atividades se não as relacionadas ao templo; muitos pastores do sistema têm cargos eletivos, (de vereador a senador a lista é grande), são professores em instituição seculares, comerciantes, assessores de políticos e etc. não existem proibições a este respeito.
(c)    Os filhos dos sacerdotes em situação de desonra aos pais, ou em caso de divórcio, caso tivesse filhos, não podiam comer das coisas sagradas (Lv 22:11,13)  (neste caso os dízimos e a parte das oferta que pertenciam aos sacerdotes) já os filhos dos pastores comem livremente independente da situação espiritual que estejam;
(d)   os levitas podiam cobrar dízimo de sues irmãos. Os pastores do sistema não são levitas, pois não pertence à tribo de Levi;
(e)   Os dizimo teriam que ser levado ao templo em Jerusalém. Este templo foi destruído nos anos 70 depois de Cristo e os diversos templos das igrejas não têm  valor espiritual.
(f)     Jesus, em suas ordenanças, mandou construir templo?
(g)   Os dízimos nunca foi dinheiro (espécie), mas décima parte do campo, da semente do campo, dos frutos das arvores e do rebanho; (Lv 27: 30,32)
(h)   Quanto ao “receber dízimo por que Melquisedeque recebeu de Abraão”, não me lembro ter encontrado na Bíblia nenhuma regulamentação a este respeito. Jesus é Sacerdote eterno segundo a Ordem de Melquisedeque, mas nunca recebeu nem cobrou dízimo. Os apóstolos também não. E sacerdote, todos nos somos. logo quem recebe e quem paga?
Deu pra ver o quanto estão errados os pastores ao defenderem a tese de que o dízimo deve ser entregue, nos templos atuais, pra os seus sustendo. Na verdade eles não dizem que é para os seus sustentos; dizem que é pra obra de Deus, mas na pratica  sabemos pra onde vão os dízimos.
Para que eles tivessem, a luz das escrituras, o direito que alegam.
1º a lei tinha que estar em vigor (Hb 7: 18,19) o que não é o caso;
 2º se assim fosse, deveria ser observada conforme Deus ordenou (Dt 4:2) e nunca de acordo a atender os interesses do clero religioso.
 Desfeito o engodo, prossigamos para conclusão do tema proposto. lembrando que obreiro não são apenas os pastores (do sistema), mas todos que atua na obra.  
É inquestionável o fato de que não vivemos mais sobre o mesmo sistema sacerdotal do antigo testamento. Hb 7:18,19 não nos deixa dúvida. Na vigência do antigo pacto só os sacerdotes e levitas podiam ministrar; tinha um lugar especifico para a adoração; havia a pessoa do sumo sacerdote e só ele entrava nos santos dos santos (uma vez por ano) onde oferecia sacrifício por ele e por todos os outros. Com a morte de Jesus Cristo, estas formas de culto e ministério foi abolido, juntamente com a lei Mosaica. Daí passamos à dispensação da graça, um novo testamento, onde o Espírito é derramado sobre todos e agora não há mais classe especial; qualquer lugar é lugar de adoração basta ter dois ou três reunidos em nome do Senhor que ele se fará presente; o sumo sacerdote é Cristo  um sacerdócio  eterno; todos somos sacerdote, podendo entrar nos santos dos santos, e o único mediador entre Deus e os Homens é Jesus Cristo (não mais um homem).
Tornou-se então desnecessário o templo, o clero e a forma de sustentação destes. É certo que tem aqueles que dispõem todo seu tempo para proclamação e ensino do evangelho. Porem o fator motivador deve ser o amor e nunca a oportunidade de emprego fácil. Aos que fazem a obra por amor e em tempo integral o senhor ordenou “que vivam do evangelho” no entanto viver do evangelho não é o mesmo que enriquecer, esbaldar, explorar a fé alheia pra obter vantagens ou coisa semelhante. O apostolo Paulo, a este respeito  disse “tendo sustendo e o que nos cobrimos estejamos com isso contente” ademais Jesus nos deu orientação como é viver do evangelho, quando ele enviou os discípulos Ele ordenou: “ não leveis bolsa, nem saco de viagem e na casa que entrar comam e bebam o que for posto diante de vocês” (Lc 10:4-9) em Mt 10:8 ele disse “de graça recebeste de graça daí”. Ai estar, segundo Jesus, a maneira como o obreiro deve viver do evangelho. O que passar disto é comercio com a palavra de Deus,  quanto a isto o apostolo Pedro advertiu-nos “E por avareza farão de vós negocio com palavras fingidas........” (II Pd 3:2a).
Voltando a orientação de Jesus, em Lc 10, pecebemos o seguinte:
(a)   Os discípulos não deveriam levar saco ou bolsa; o que nos leva a crê que não deveriam se preocupar em ajuntar mantimento ou coisa do gênero. Pois anteriormente o mestre já tinha lhes advertido não se preocupeis com o dia de amanhã, pelo que haveis de comer, beber ou vestir. Ter estas preocupações demonstra falta de fé e sem fé é impossível agradar a Deus.
(b)   “Comam e bebam do que lhes oferecerem” o obreiro não tem direito de sair por ai exigindo salários, como é de costume, tem pastor, e a grande maioria deles são assim, que quando chegar em um campo (igreja) já senta pra exigir x salários. No entanto não foi isto que o mestre ordenou.
Vale ressaltar que nem sempre a necessidade de alguém na frente do trabalho de forma integral. Vejamos por que: (a) se tem grupo de jovens, lá tem um irmão que lidera sem nada cobrar. O mesmo acontece com os demais grupos da igreja; (b) Circulo de oração as irmãs dirigem e não cobram nada por isso; (c) Os culto publico e de oração tem tantos irmãos dispostos a dirigir que tem que fazer escala; (vale lembrar que nossa reunião deve ser dirigida pelo Espirito Santo sendo um erro colar o homem pra dirigir) (d) Na Pregação e ensino não faltam irmãos com este dom e quando faz por amor e não por interesse exerce afunção de graça; (e) A escola dominical fica por conta dos vários professores, que gratuitamente lecionam todos os domingos. E o pastor (sistema) faz o que? Pouca coisa ou nada. reflitam comigo; Na  igreja que você congrega  caso o pastor resolve entregar o trabalho, por acaso ela fechará as portas? Deixará de ter cultos? E o pastor com tão pouca atividade o que impede dele trabalhar e coordenar a congregação? Se o apostolo Paulo fez assim e foi ele o homem, da sua época, que mais pregou e ensinou o evangelho. Inclusive ele disse “sejam meus imitadores” por que os atuais não podem fazer?
Com tanto evangélicos no Brasil se cada um fizer a obra de Deus como deve ser só será necessário dinheiro pra pagar conta de água e luz, dos lugares de reuniões, e pra ajudar os irmãos carentes.
Deste modo, havendo necessidade, em alguma congregação, de alguém prestar assistência de forma integral, tendo este de abrir mão do trabalho secular e estando ele de acordo com as escrituras, então se dará ao tal o sustento, segundo os preceitos acima exposto. e quem assim não aceitar que trabalhe pra se sustentar, pois não faltara quem por amor esteja disposto a fazer a obra de Deus. Essa historia de que se faltar dinheiro a obra para, é conversa. A igreja esta fundamentada em Cristo ou no dinheiro? A igreja primitiva precisou de dinheiro pra expandir? Tudo que ali foi arrecadado foi para os próprios irmãos carentes.
E quanto a você irmão (a) aquele valor que você coloca no envelope e entrega na igreja dizendo estou dando pra obra de Deus, é melhor o amado rever seus conceitos. Pois como já disse em outras postagens você não estar dando pra casa do senhor, mas pra casa do pastor. Lembre-se que, como mordomo de Cristo, devemos ministrar os bens que ele nos confiou de forma responsável. Não é sensato dizer “eu entrego meu dízimo, o pastor que não administrar bem, ele é que vai prestar conta a Deus”   com certeza o tal pastor prestará conta sim, mas você também por ser omisso desperdiçando aquilo que Deus lhe confiou. Lembras da parábola do servo que desperdiçou os bens do seu senhor? E você ao Ives de ajudar os irmãos carentes, a criança necessitada ou até mesmo pessoas de sua família que passam necessidade, usou sue dinheiro pra sustentar mercenário. Isto é fazer obra de Deus?

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